domingo, 15 de outubro de 2017

O ESTACIONAMENTO DO YACHT CLUBE

Yacht: oposição promete assembleia para discutir obra de estacionamento


Yacht: oposição promete assembleia para discutir obra de estacionamento

A construção de um novo estacionamento para o Yacht Clube da Bahia, um dos mais tradicionais clubes de Salvador, presidido pelo comodoro Marcelo Sacramento, vem gerando polêmica entre os sócios. Se por um lado, a atual administração conta com o apoio de nomes importantes como o do chefe de gabinete da Prefeitura de Salvador, João Roma, por outro, enfrenta uma oposição disposta a barrar a obra. Procurado pelo Metro1, na manhã desta terça-feira (5), o sócio Nei Laudano adjetivou a possível construção do estacionamento como "obra faraônica" e afirmou que o clube não tem dinheiro em caixa para desenvolvê-la. Os opositores também criticam o fato de que comentários contrários à obra nas redes sociais do clube foram apagados.

"Não tem nada de pessoal contra Marcelo Sacramento. Até achamos que ele fez coisas interessantes para o clube, consertou algumas coisas que tinham problemas. No geral a gestão dele é boa. Ele quis dar um passo muito grande, o clube não tem caixa para fazer uma obra dessa proporção, numa área que é a última disponível do clube. Essa área pode ser usada para lazer do próprio sócio e não para estacionamento. A tendência mundial é que a gente use menos carros e mais transportes alternativos. Estacionamento no clube sempre foi um problema, mas ninguém nunca deixou de frequentar. Não somos contra um novo estacionamento para o clube, somos contra uma obra faraônica, como ele quer fazer, que vai custar R$ 20 milhões e não existe caixa para isso. A forma como foi colocada essa obra foi errada. Foi contratada uma construtora sem licitação, apesar do estatuto não exigir licitação, nem cotações, é preciso transparência por parte de um comodoro, isso não foi feito", argumentou. A previsão é de que os sócios que usarem o estacionamento também paguem por isso. 
Para Laudano, a obra mais parece com a estrutura de um "shopping center" e está em total desarmonia com a atual arquitetura do clube. "Sempre existiu uma retaliação da diretoria e do conselho com as pessoas que se manifestam contra. Formamos um grupo e esse grupo foi tendo adesões. Nós conseguimos um número de sócios que estavam insatisfeitos e ficaram calados. Como o comodoro e o conselho não se mostraram disponíveis para ouvir, trata-se de um projeto que pode quebrar o clube. Existe também a possibilidade deles colocarem uma taxa extra por sócio para essa obra, isso está previsto. A obra teve apoio de 96% do conselho, mas isso não expressa a vontade da maioria dos sócios. A única maneira que a gente achou para que essa obra não vá à frente foi conseguir um quinto das assinaturas dos sócios para convocar uma assembleia geral extraordinária. Precisamos em torno de 700 assinaturas, estamos perto das 600. Aí o presidente do conselho é obrigado a convocar a assembleia. Hoje o presidente disse em um vídeo que a assembleia não será convocada, pois não tem validade", ressaltou.

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