sábado, 9 de dezembro de 2017

A MENSAGEM SECRETA

MENSAGEM DO SÉCULO XVIII ESCONDIDA NAS NÁDEGAS DE UMA ESCULTURA DO CRISTO


Mensagem inclui referências ao cultivo, doença, 
entretenimento e política do século XVIII
Uma mensagem datada do século XVIII foi 
encontrada entre as nádegas de uma escultura 
em madeira de Jesus Cristo na igreja de 
Santa Águeda, em Sotillo de la Ribera, 
em Espanha. O documento, encontrado por uma 
de restauradores quando retiravam o pedaço da 
peça correspondente a uma peça de pano a cobrir 
aquela parte do corpo, contém informação 
económica, religiosa, política e cultural que 
remonta ao ano de 1777.
A descoberta foi feita em outubro pela equipa da 
Da Vinci Restauro, a empresa que está responsável
 pelo restauro da obra.
Segundo um texto da agência EFE publicado no 
La Vanguardia, as duas folhas estão escritas frente
 e verso, com uma caligrafia cuidada e estão 
assinadas pelo padre da Catedral do Burgo de 
Osma, Joaquín Mínguez, que, além das referências 
ao contexto que se vivia naquela época do 
século XVIII, indica a autoria da obra de madeira:
 "Manuel Bal, um estudante natural de São 
Bernando de Yagüe e vizinho em Campillo".
Em declarações à agência, o historiador e promotor 
do restauro da escultura, Efrén Arroyo, refere que 
esta descoberta é surpreendente, porque embora 
algumas esculturas possam ter papéis escondidos, 
esta é diferente, mais detalhada. Arroyo opina que
 esta mensagem é como uma ocorrência, ou um jogo 
entre o autor do mesmo, o padre da Catedral, e o 
escultor, com a intenção de ser encontrada centenas 
de anos depois, resultando assim numa 
"cápsula do tempo".
O historiador adianta à agência que o padre, 
na mensagem, descreve os cultivos da época, 
com alusão ao vinho, menciona as doenças mais
comuns, os entretenimentos preferidos da população 
e ainda a situação política vigente.
O documento original foi enviado para o arquivo 
do Arcebispado de Burgos pela coordenadora da 
Semana Santa de Sotillo, mas ficou decidido que 
se manteria uma cópia no interior da escultura, 
para que continue a cumprir a missão do autor de 
ser encontrado por gerações futuras.

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